Quando se fala de Sustentabilidade, as primeiras referencias que vem a cabeça são os clichês. Mas o que seriam esses clichês? Um exemplo, quantas vezes você recebeu em casa uma Mala Direta ou conta do seu banco em papel reciclado com uma frase dizendo mais ou menos assim: “Somos comprometidos com o meio ambiente e responsabilidade social”. Por quê? Por enviar um informativo em papel reciclado? Mas e as empresas que são apoiadas e financiadas por eles, que não tem projetos sustentáveis?
Hoje mais do que ações, as empresas tem de mostrar resultados, mudança de postura e preocupação com o amanhã. Não posso afirmar, se o que os bancos fazem é certo ou errado, mas já que não tem outra escolha, criem maiores taxas de juros para essas empresas, e as que têm uma “pegada” sustentável do âmbito ambiental e/ou social tenham regalias e baixas taxas.
Não quero nesse post, entrar no mérito de certo ou errado sobre o Planejamento Estratégico das marcas,mas sim mostrar que essa forma de agir, é muito além do cuidado com o meio ambiente, a sustentabilidade visa o todo, desde o relacionamento com os funcionários, passando pelo consumidor e pela comunidade.
A Sustentabilidade já não é um ponto a ser considerado como diferencial competitivo, e deve sim, ser encarada como parte do negócio, saindo de uma economia orientada para o topo da pirâmide, trabalhando com produtos e serviços que possam beneficiar a pirâmide inteira. Não só numa dimensão de filantropia, porque não é essa a ideia, mas de negócios.
Creio que vale se questionar da seguinte forma: como seria o futuro das marcas e que tipo de iniciativa essas marcas poderia empreender para se tornarem mais compatíveis com o futuro?Um exemplo claro disso,seria a implantação de entregas de serviços e produtos em prol de um ponto, que é central na sustentabilidade do nosso modo de vida, a educação.
Não tenho o direito de generalizar, pois temos marcas focadas nesse desenvolvimento mutuo, até por que há um interesse maior das empresas nessa forma de pensar e agir.Gosto muito da conscientização tomada pela rede de Supermercados WalMart,que incorporou 100% em sua estratégia a sustentabilidade,conseguindo obter um reposicionamento de marca vitorioso,já que o gigante do varejo mundial – com um faturamento global de cerca de US$ 400 bilhões – conseguiu nos últimos anos substituir a imagem de vilão nos Estados Unidos, seu país de origem, e hoje caminha para ser uma empresa 100% sustentável.
Uma pesquisa realizada pela consultoria Blue Sky para o Walmart revelou que as atividades da empresa representam apenas 8% do impacto no meio ambiente. Por isso, o Walmart busca estimular toda a cadeia para a adoção de princípios de sustentabilidade.
Uma das ultimas ações e campanhas que curti, foi da UNICEF, que implantou nas ruas de Nova Iorque, uma máquina de refrigerante com garrafinhas de água suja (dirty water) cobrando um dólar por cada unidade. A empresa ressaltou que cada dólar, poderia suprir a sede de uma criança com água tratada por até 40 dias.
Abaixo o vídeo e link da campanha:
http://tapproject.org/
http://www.youtube.com/watch?v=6Brp5_lhf-4&feature=player_embedded
Fica a dica.
Thiago Saramago
